Lanús x Fluminense na Sul-Americana: onde assistir ao jogo de volta, horário e o que mudou após o 1 a 0
Ida quente na Argentina e vantagem mínima do Lanús
Clima de mata-mata e decisão no limite. Foi assim o primeiro capítulo de Lanús x Fluminense nas quartas de final da Copa Sul-Americana. Em Buenos Aires, diante de mais de 35 mil torcedores no Estádio Ciudad de Lanús, o time argentino venceu por 1 a 0 com gol de Marcelino Moreno aos 44 do segundo tempo. O camisa 10 apareceu livre na área após passe de Salvio, completou de carrinho e incendiou a noite granate.
O roteiro do jogo teve pressão alternada e chances espalhadas pelos dois lados. O Fluminense encontrou espaços por dentro em alguns momentos, especialmente quando conseguiu acelerar a troca de passes na intermediária. Em uma das melhores chegadas, Nonato bateu forte da entrada da área, mas Izquierdoz travou no tempo certo e evitou o empate. Do outro lado, o Lanús foi fiel ao que tinha para o confronto: linhas compactas, transição rápida e paciência para esperar o erro. O contragolpe do gol nasceu assim.
O resultado ganha ainda mais peso pelo contexto. O Lanús entrou desfalcado de cinco titulares por lesão e precisou recorrer à base e a peças com menos minutagem. Mesmo com a rotação forçada, o time argentino manteve disciplina defensiva, reduziu os espaços no corredor central e levou o jogo para o cenário que queria, com poucos riscos e aproveitamento máximo na reta final.
Para o Fluminense, a sensação foi de oportunidade perdida. O time brasileiro teve bola para sair de lá com um empate, mas esbarrou na última tomada de decisão, ora escolhendo o passe a mais, ora precipitando a finalização. Em mata-mata, a margem é curta. Cada detalhe pesa, e o castigo veio no minuto final do tempo regulamentar.
Na Sul-Americana, não existe gol qualificado fora de casa. Ou seja: a vantagem do Lanús é simples. Se o time argentino empatar no Rio, avança. Se o Fluminense vencer por um gol de diferença, leva para os pênaltis; por dois ou mais, classifica direto. Esse desenho coloca um tempero a mais no jogo da volta, com o Maracanã como personagem central.

Volta no Maracanã: onde assistir, horário e o que esperar
A volta está marcada para terça-feira, às 21h30 (horário de Brasília), no Maracanã. A expectativa é de casa cheia e pressão desde o aquecimento. Para o Fluminense, além do empurrão da arquibancada, vale ajustar a execução no terço final: mais largura para abrir a defesa, melhor uso das ultrapassagens pelos lados e capricho na bola parada ofensiva, que pode ser um atalho em jogos travados.
O Lanús não deve trair o seu plano. Com a vantagem mínima, tende a repetir o bloco médio/baixo, adensar a região da bola e buscar Moreno e Salvio nos escapes. Izquierdoz, que já foi decisivo atrás no primeiro jogo, volta a ser peça-chave no jogo aéreo e na orientação da linha defensiva. A gestão de energia, depois de um jogo fisicamente duro na ida, também entra na conta dos dois lados.
Serviço do jogo de volta:
- Data e horário: terça-feira, 21h30 (de Brasília)
- Local: Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
- Transmissão: Paramount+ no Brasil; beIN SPORTS com cobertura e destaques em mercados internacionais
Sobre escalações, os dois técnicos devem segurar as cartas até a divulgação oficial. No Lanús, a tendência é manter a espinha dorsal da ida, com Moreno e Salvio como referências de criação e velocidade. A condição física de quem retornou recentemente de lesão pode ditar um ou outro ajuste de última hora no banco. No Fluminense, a necessidade de propor o jogo abre espaço para um meio-campo mais incisivo, com meias que pisem na área e ataquem o espaço entre lateral e zagueiro. Nonato, que apareceu bem na ida, volta a ser opção importante no setor.
Alguns pontos para ficar de olho:
- Primeiros 15 minutos: o ritmo de início costuma ditar o tom. Se o Flu transformar a pressão inicial em chances claras, a atmosfera pesa a favor.
- Bola parada: em confrontos equilibrados, escanteios e faltas laterais resolvem. Izquierdoz é referência defensiva; o Flu precisa caprichar na batida e na ocupação da segunda bola.
- Transições defensivas: toda perda de bola no ataque vira convite ao contra-ataque do Lanús. Cobertura no lado da bola e faltas táticas no meio são essenciais.
- Gestão de cartões: mata-mata não perdoa. Um amarelo precoce em volante ou lateral muda a abordagem e pode abrir buracos.
Do ponto de vista mental, o jogo pede frieza. O Fluminense precisa equilibrar urgência com paciência. Pressionar sem se expor demais e escolher bem quando acelerar. O Lanús, por sua vez, terá de suportar momentos de sufoco e, quando a chance aparecer, ser cirúrgico como foi em casa.
Há ainda um horizonte que aumenta a tensão: quem avançar pega Alianza Lima (PER) ou Universidad de Chile (CHI) na semifinal. Não é só o peso de uma vaga; é a possibilidade real de chegar a uma final continental. Isso muda a temperatura do vestiário, altera o nível de concentração em cada disputa e dá uma camada a mais de responsabilidade aos mais experientes.
Arbitragem e condução do jogo também entram no radar. Jogo físico, muita disputa aérea e entradas no limite pedem critério consistente. Qualquer perda de controle abre margem para faltas em sequência, paralisações e nervos à flor da pele. Quanto mais a bola rolar, melhor para quem precisa construir o resultado.
Em termos de dados frios, a ida mostrou equilíbrio de chances, mas com o Lanús mais objetivo quando encontrou o espaço. No Rio, a posse tende a ser do Fluminense, e o Lanús deve aceitar esse cenário. O desafio para o Tricolor será transformar posse em profundidade sem se desconectar defensivamente; para o Lanús, evitar ficar encaixotado perto da área por muito tempo e manter saída limpa quando recuperar a bola.
Por fim, vale reforçar o formato: não há gol fora. Empate no agregado manda direto para os pênaltis. É noite de detalhes, de leitura rápida e execução. A vantagem é do Lanús, mas o Maracanã costuma alterar o enredo quando o jogo fica emocional. E quartas de final de Sul-Americana adoram um drama.