JP Mantovani: da A Fazenda ao Power Couple, trajetória, projetos e tragédia
JP Mantovani nasceu em São Paulo e ganhou visibilidade nacional ao entrar na oitava edição de A Fazenda, um dos reality shows mais assistidos do país. Seu jeito direto e seu currículo pouco comum – formado em Direito e estudioso de filosofia, psicanálise e ciência política – chamaram a atenção dos telespectadores desde o início.
Além de advogado, ele se aprofundou em áreas que normalmente não se cruzam com a mídia de entretenimento. A filosofia ajudou a manter a calma nas discussões acaloradas dentro da casa, a psicanálise permitiu entender as nuances dos concorrentes e a ciência política deu a ele uma visão de jogo em grupo, como quem pensa em alianças e votações.
Participação nos reality shows
Na A Fazenda 8, João Paulo se destacou logo nas primeiras provas, combinando força física com raciocínio rápido. Mesmo com a pressão de ter mais de 30 mil seguidores nas redes sociais, ele evitou confrontos desnecessários e focou nas tarefas, garantindo boa colocação nas eliminações.
Quando chegou ao Power Couple Brasil 5, ao lado da esposa, a estratégia se intensificou. O casal mostrou entrosamento fora das câmeras e, dentro da disputa, buscou equilibrar competição com parceria. Uma das jogadas mais lembradas foi a formação de alianças com outros participantes para garantir imunidade em momentos críticos.
- Deborah Albuquerque
- Bruno Salomão
Essas alianças, porém, não foram feitas à toa. Mantovani utilizou a lógica aprendida nos estudos políticos para mapear quem poderia ser aliado ou possível ameaça, sempre mantendo a transparência com a esposa para não gerar desconfianças internas.
Nas provas físicas, ele combinou a disciplina de quem costuma treinar para pilotar sua Harley Davidson com a inteligência de quem resolve enigmas em poucos minutos. Essa dupla de habilidades fez dele um dos concorrentes mais temidos nas fases de desafio.

Projetos de TV e negócios
Fora das câmeras, JP já estava plantando novos caminhos na carreira. Entre os projetos mais avançados estava um programa semanal de análise de futebol, onde pretendia trazer debates mais profundos, como táticas de jogo e impactos sociais do esporte.
Outro plano de destaque era um show dominical em parceria com a apresentadora Ticiana Gucci, pensado para misturar entrevistas, humor e participação do público ao vivo. A ideia era criar um espaço leve para discussões atuais, explorando a química entre os apresentadores.
Além da televisão, Mantovani investia em negócios fora do entretenimento. Ele acreditava que diversificar era essencial para garantir estabilidade financeira a longo prazo. Entre os empreendimentos previstos estavam:
- Concessionária de automóveis, focada em veículos de alta performance
- Açougue de carnes premium, que teria um diferencial na oferta de produtos sustentáveis
Essas iniciativas mostravam um perfil empreendedor, disposto a investir em áreas diferentes da mídia. Ele falava abertamente sobre a importância de construir algo que beneficiasse não só a família, mas também a comunidade local.
Mesmo com agenda cheia, JP reservava tempo para a família. Em entrevistas, costumava dizer que a fé e o apoio da esposa eram os pilares que lhe davam força para encarar os desafios diários, tanto na TV quanto nos negócios.
Na madrugada do dia 21 de setembro de 2025, a tragédia aconteceu. Enquanto pilotava sua Harley Davidson em São Paulo, o motociclista se envolveu em um grave acidente de trânsito. De acordo com relatos, a colisão ocorreu em uma avenida movimentada, deixando-o com lesões fatais. JP Mantovani faleceu aos 46 anos, surpreendendo fãs, colegas de profissão e toda a comunidade que seguia sua trajetória.
A repercussão nas redes sociais foi imediata. Milhares de seguidores inundaram os comentários com mensagens de carinho, destacando seu jeito estratégico, a ética nos jogos e a maneira como valorizava a família. Ex‑companheiros de reality mostraram respeito em vídeos, lembrando momentos de cooperação e humor que marcaram as edições em que ele participou.
Amigos próximos enfatizaram que, além de ser um competidor inteligente, JP era alguém que levava a vida com paixão – seja no volante da moto, nos estudos ou nos planos de negócio. A lembrança de seu sorriso, das conversas sobre filosofia e das ideias de futuro ainda ecoam entre quem o acompanhou de perto.