Acidente com voo AI171 da Air India deixa 260 mortos em Ahmedabad: erro em corte de combustível é investigado
Queda devastadora do voo AI171 da Air India em Ahmedabad
O cenário na manhã de 12 de junho de 2025 em Ahmedabad, na Índia, ficou marcado pela tragédia. O voo AI171, um Boeing 787-8 Dreamliner da Air India, caiu poucos minutos após a decolagem rumo a Londres Gatwick. A aeronave transportava 242 pessoas entre passageiros e tripulantes. Logo após perder contato, o avião atingiu em cheio um complexo de alojamentos do Byramjee Jeejeebhoy Medical College. O resultado: 241 mortos a bordo e mais 29 vítimas fatais entre moradores e funcionários no solo. No total, 260 pessoas perderam a vida.
O evento chocou a aviação internacional, principalmente pelo número elevado de mortos e pelo fato de atingir áreas civis. Dos passageiros, 169 eram indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense, revelando a dimensão internacional da tragédia. Entre os destroços, apenas um homem sobreviveu: um britânico de origem indiana identificado como ocupante do assento 11A, resgatado em estado grave pelos bombeiros.

Investigação e o mistério dos controles de combustível
As primeiras informações da investigação oficial, conduzida pelo Aircraft Accident Investigation Bureau (AAIB) da Índia, surpreenderam até os especialistas mais experientes. O relatório preliminar indica que os controles de combustível foram acidentalmente colocados na posição 'cut-off' (corte total) durante o início da subida, o que privou os motores de alimentação e provocou a perda total de potência. O cockpit recorder mostrou um diálogo tenso: um piloto questionou a razão do corte e o colega negou ter feito qualquer alteração. Nenhum problema ou contaminação foi apontado nos testes de combustível retirados tanto do avião quanto dos caminhões de abastecimento do aeroporto, afastando riscos externos.
O procedimento padrão prevê o corte do combustível apenas em solo após o pouso, nunca durante as fases críticas de decolagem e subida. Autoridades analisam agora se houve confusão operacional, erro humano ou até falha técnica no sistema de controle dos motores. A caixa preta segue em análise detalhada para entender a verdadeira sequência de eventos e o que levou os pilotos a, de alguma forma, cortar o fornecimento vital aos motores no momento mais delicado do voo.
Sabe-se que, instantes após o início do problema, o piloto declarou emergência aos controladores com um chamado de 'mayday', mas o avião rapidamente perdeu altitude sem tempo para retorno ao aeroporto. Segundo especialistas, a queda sobre o alojamento amplificou a tragédia, já que os prédios estavam ocupados e abrigavam vários estudantes e funcionários no momento do impacto.
Em nota, a Air India lamentou profundamente o desastre e declarou estar prestando apoio a familiares e sobreviventes. A companhia reforçou total cooperação com autoridades indianas e estrangeiras na apuração das causas e garantiu suporte psicológico e logístico aos parentes das vítimas.
A tragédia abre uma difícil discussão sobre segurança operacional, prevenção de erros humanos em cabines modernas e a necessidade de revisão de protocolos. A comunidade internacional acompanha de perto à medida que se aguardam respostas definitivas do AAIB sobre o que realmente provocou o acidente devastador do voo AI171.